
Outro dia lendo um texto formativo no Site da Canção Nova achei interessante uma postagem que falava de amar num conceito não novo, mas que expressava um sentindo que não devemos perder no cotidiano de nossa caminhada: o de luta.
Trago na integra um dos trechos na qual quero desenvolver esse texto, para juntos meditarmos e assumirmos, como exercito em ordem de batalha, como cristãos que somos essa guerra que se levanta contra nós, onde os piores soldados(para nós) do inimigo de Deus se levantam e lutam com voracidade: o egoísmo, o individualismo, o ódio, a mentira, o pecado.
“ O filme "300" (Os 300 de Esparta) passa a imagem da liberdade que era exigida na Grécia antiga e como era importante a união e a garra, sendo que um exército de 300 homens precisaria batalhar contra um exército de dezenas de milhares de guerreiros. Ao assisti-lo, o que chamou minha atenção e me deixou intrigado foi a técnica empreendida nos combates. A determinação tática da guerra era claramente definida e cumprida com rigor. Numa guerra não se pode vacilar. O inimigo vem preparado para ganhar e só ganha quando mata. O "estilo" espartano de guerrear era o de defender a quem estivesse próximo. Atacar, defender-se e, principalmente, DEFENDER quem estivesse mais próximo. Eles formavam grupos como se fossem casulos de escudos, em forma circular, de modo a repelir toda a lança arremessada pelo inimigo. Nesta formação conjunta, coesa, circular e precisa, a defesa era perfeita. Quando o inimigo se aproximava o ataque era poderoso, e enquanto um soldado lutava – para defender sua própria vida – tinha todo o cuidado com a vida do companheiro, num raio de 360 graus. O mais importante era proteger a vida do companheiro, por conta dos ataques inesperados do inimigo, tanto nos flancos como nas retaguardas. Esse diferencial os tornava quase invencíveis e muito temidos pelo inimigo, pois estavam preparados e muito bem treinados na arte de guerrear individualmente – sendo ofensivos e defensivamente unidos. Isso dava ao rei a confiança de enfrentar milhares de guerreiros com apenas 300 soldados, pois a segurança de cada um estava nas mãos do outro”. (Luis Antonio de Oliveira Paulo- CCN)
Se voltarmos nosso olhar para nós cristãos, para nós que, especificamente caminhamos no Discipulado, onde temos por objetivo, não ser somente um discípulo (soldado) de Cristo, mas formarmos mais e mais soldados para Ele, é perceptível que nosso caminhar se faz num campo de batalha, minado por todos os lados, pois o inimigo se arma de ataques sorrateiros, muitas vezes não perceptíveis aos nossos olhos desatentos e dessa forma, ficamos sujeitos a todas as formas de ataques – vindos de todos os lados para nos derrotar, pois essa é a vontade do Diabo, nos ver derrotados e arrastar muitos conosco.
Muitas vezes ele age por meios de calúnias, mentiras, fofocas, comentários negativos, infantilismos, envaidecimentos, “enfim, todos os "dardos" (flechas) inflamados que voam nos ares e nem sempre temos um escudo em nossas costas e em nosso flanco. Um escudo de oração. Um escudo de verdade, de transparência, de AMOR. Um escudo de prudência, de amizade. Escudo de irmão.”
Por isso que não podemos e nem é possível, dentro de um combate como esse, baixar nossas defesas. Não podemos nos isolar, cada um fazendo por si e Deus por todos ou com aquela expressão “salve-se quem puder”. Precisamos estar conscientes de que não só pessoas que se levantam contra nós, mas, e principalmente, milhões de espíritos do mal espalhados pelos ares, pronto para nos devorar vivos.Veja o que já nos alertava São Paulo, nosso Patrono: “A nossa luta, de fato não é contra homens de carne e osso , mas com os principados e as autoridades, com as dominações deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal, que habitam as regiões celestes”(Ef 6,12). Ele, na força do espírito Santo já nos mandava ficar atentos, pois Cristo já o fizera quando nos mandava orar e vigiar.
Dentro do visto, grandes lições já nos foram dadas e o resumo desse filme só veio reforçar que temos uma lição a aprender: Defender o irmão contra todos os ataques que chegam de todos os lados e crescermos no modo protegermos, amarmos e estarmos sempre em defesa do outro. O “outro” é aquele que é meu irmão, que esta crescendo, que esta dando passos, que ainda esta aprendendo a erguer suas defesas e que não pode ser desencorajado porque ainda não atingiu o nível que se esperava dele. Muitas vezes indefeso por não saber se defender sozinho e que precisa de uma comunidade que o ame, que o proteja e que o ajude a lutar mas sempre em favor de todos.
Precisamos aprender e assim, firmes e fortes, formando famílias, jovens, músicos, Ministros da Palavra, Intercessores que na DEFESA do outro aprende e ensina a ser discípulo de Jesus, Ele que é nosso General e esta sempre conosco nos ajudando a liderar esse planejamento estratégico para o qual Ele mesmo deu a Vida.
E como dizia o autor do texto citado acima, vivemos numa guerra constante. E o resgate, a vitória só será do tamanho que Deus espera de cada um de nós, se nossa estratégia “espartana” for a da DEFESA uns dos outros e o maior treinamento e que deve ser diário é: AMAR – AMAR – AMAR. NOSSO MAIOR ATAQUE E NOSSA MELHOR DEFESA.
Concluo com o que nos disse Jesus: O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe maior amor do que dar a vida pelos amigos. (Jo 15, 12-13)
Leila Lemos