Por que a Santidade é Amor- Parte III


«Sem mim nada podeis fazer» (Jo 15,5b)

A alma que ama a Deus pode, se quer, sempre, em tudo o que faz, diz e pensa, fazer com que Deus se una mais a ela, gozar de Seus abraços, do carinho de seu Deus. O Senhor, satisfeito do amor de Sua amada, sente-se como impelido e obrigado por esses pequenos cuidados e desejo de comprazer-se, inclinar para ela, estreitá-la contra Seu peito, infundir-lhe Seu amor e depois tomar assento estável em sua alma: « Nele estabeleceremos morada » (Jo 14,23b). Tudo isso – nos consola repeti-lo – é produzido apenas por um só ato sobrenatural, ainda que o menor, com maior ou menor eficácia, proporcional não ao mérito especial das obras, mas à força com as quais a intensidade do amor as eleva às alturas.

Assim, a santidade é toda obra de amor. « O bem sobrenatural de um só indivíduo supera o bem natural de todo o universo ». Supõe mais amor... A razão é clara: quando a criatura vive e age sobrenaturalmente, está unida a Deus, que lhe comunica algo de Seu divino ser e poder, e Ele mesmo age nela: « Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim » (Gl 2,20). « Não eu, mas a graça de Deus que está comigo » (1Cor 15, 10).

Mas para isto é necessário que nossas obras tenham sempre algo de seiva da divina videira, Jesus, nosso Salvador, ao Qual, como « ramos », estamos unidos. Quando o profeta Davi pronunciou aquela enfática expressão: « Eu declarei: vós sois deuses » (Sl 82[81], 6), certamente deve ter visto os homens sob o influxo da graça divina que os transforma e os possibilita « assimilar ao seu Criador ».

Quem poderia dizer quantos mistérios de amor encerra a graça que nos deifica! É necessária toda uma eternidade para agradecê-los... Se agora o compreendêssemos, morreríamos oprimidos sob o peso de tanto amor de nosso Deus para conosco.

« EU SOU A VIDEIRA E VÓS OS RAMOS » - Repete-me, Senhor, sem cessar, estas palavras que tanto me consolam: « sem mim nada podereis fazer ». Que gozo encontra minha alma em pensar que quando pratico o bem Tu estás sempre comigo para dar-lhe a vida, a eficácia, o valor! Assim facilmente me convenço de como pode sair algo de bom deste ser miserável e enfermo. Porque és Tu, centro de minha vida, Quem comunica algo de Tua vida divina e lhe dás o vigor, o movimento. Agora entendo por que algumas vezes seres pobres e débeis terem podido realizar coisas grandes, capazes de encher de assombro aos que não podiam entender a causa - por não saberem ir além dos limites naturais nos quais sustentavam toda sua grandeza e fortaleza.

Entendo por que tantas almas chegaram aos suplícios e à morte tão felizes; por que tantos jovens na flor de seus anos se entregam a uma vida de penitência e, renunciando ao mundo e aos prazeres que o mundo lhes oferece, perseveram até à morte lutando e triunfando generosamente contra as paixões e o pecado.

O mistério de todos estes prodígios é que Deus mora neles e os sustenta com a força sobrenatural de Sua graça: « Eu sou a videira e vós os ramos » (Jo 15,5), disse Jesus. Que união mais íntima podemos imaginar de Deus com nossa alma? Esta união supõe « certa comunicação de natureza » ¸ porque o tronco e os ramos formam uma só planta e recebem a mesma seiva das raízes. É preciso que a influência divina se difunda na alma para que possa conservar e aumentar suas energias e agir sobrenaturalmente.

J. Pastor

“La Santidad es amor”

PORQUE A SANTIDADE É AMOR - Parte II


«Sem mim nada podeis fazer» (Jo 15,5b)

A criatura sozinha – mesmo depois de elevada à vida da graça –, sem uma nova graça « atual » em cada caso ou situação, nada pode fazer além dos limites do natural. E isto não é suficiente para santificar-nos. Deus, mandando-nos « ser santos e fazer sempre obras dignas da vida eterna », de certo modo obrigou-Se a vir Ele mesmo cumprir esses atos em nós, a unir-se à nossa débil vontade para mantê-la firme em seus propósitos. Deus obrigou-Se a nos dar força para que possamos ir adiante, sem desfalecer sob o peso de nossa fraqueza e nas lutas que temos de sustentar contra tantos inimigos.

Já pensaste, tu que desejas e buscas a santidade e que procuras fazer tudo por Deus, que enquanto estás fazendo isso - ou mesmo quando tão somente o pensas e o desejas - que Deus está contigo de um modo especial para dar-te Sua graça e se inclina para ti para que por Ele possas querer, desejar e executar tudo isso? Não o duvides, alma que suspiras pela santidade: quantas vezes sinceramente desejas a Deus ou praticas um ato bom, Deus está contigo, e te dá como um acréscimo de Si mesmo, cumprindo tudo em ti - « Cumpre tudo em todos » (Ef. 1,23).

Quando desejas mortificar-te ou quando tu modificas as tuas inclinações ou satisfações naturais, quando sofres, quando te imolas e calas, quando te sacrificas pelo bem dos outros ou padeces perseguições, oferecendo tudo ao Senhor; quando, por outra parte, recebes os sacramentos, procuras cumprir bem teus deveres, quando te humilhas e te arrependes depois de uma falta e continuas adiante, sem desanimar nem perder a paz; quando procuras que outros façam o mesmo, não só esses bons atos em si, mas também outros atos indiferentes como o falar, o recrear-se, o comer, o dormir etc.; se cuidas de purificar tua intenção, despojando-te do olhar humano e de todo interesse pessoal e buscas só a vontade de Deus e Sua glória, todos esses atos são sobrenaturais, pertencem àquela região onde sozinho tu não podes subir.

O Senhor teve de vir em tua ajuda com uma graça « atual ». Assim, deves sempre invocar o auxílio divino com o olhar interior de tua alma voltado para Deus, purificando a intenção. Ao fazer apenas isto, obrigamos o paternal amor de Deus a inclinar-se para nós, suas pobres criaturas, a colher-nos em Seus braços, a elevar-nos acima do puramente natural e comunicar-nos algo de Seu ser divino, de Sua grandeza, de Seu poder, de Sua perfeição, de Sua luz e formosura. Quanto mais continuados e cumpridos com generoso amor sejam estes atos, a união com Deus se fará também mais íntima e habitual. Todos os homens estamos na presença de Deus, mas a alma não se aproxima d’Ele senão em proporção aos progressos que faz na caridade.

«NÃO TEMAIS» - Também se vê quão equivocadas andam tantas pobres almas que pensam que a santidade somente pode ser conseguida à força dos braços, com uma luta sem trégua nem descanso. Não! O Senhor, como Pai terno que é, não exige tanto; conhece nossa debilidade e por isso no Santo Evangelho não faz mais que repetir-nos a cada momento: « tende confiança »..., « não temais ». E ao fim de sua vida, para afiançar-nos ainda mais na confiança e assegurar-nos de Sua ajuda e proteção, acrescenta: « Eu estarei convosco » (Mt 18,20). Não deveis temer. Ficarei convosco para ajudar-vos, quando me chamardes, no trabalho de vossa santificação. E não só para ajudar-vos, mas também para vir, Eu mesmo, a vós pela Eucaristia, para levar a cabo essa grande obra que nunca conseguiríeis concluir sem Mim.

J. Pastor
“La Santidad es amor”
Libro I, pp.16-17

A SANTIDADE É AMOR


«Sem mim nada podeis fazer» (Jo 15,5b)

A todos os homens Nosso Senhor dirige estas palavras: « Sem Mim nada podeis fazer » -mas de uma forma muito particular a quantos trabalham na própria santificação.

Na ordem natural, o homem pode agir sem Deus, quer dizer, sem Sua graça e Seu amor, embora jamais sem Seu concurso. Mas na ordem sobrenatural sua impotência é absoluta! Nada, absolutamente nada que seja proveitoso para sua alma e meritório para a vida eterna pode fazer a criatura sem que Deus, com Sua graça, esteja agindo com ela. Como nos assegura o Apóstolo S. Paulo « nem mesmo podemos, pronunciar devidamente o nome do Senhor Jesus, nem conceber sequer um bom pensamento ».

O homem é limitado em todas as coisas; não pode conseguir tudo o que pretende nem fazer tudo o que quer. Necessita sempre de algo ou de alguém em suas empresas. Às vezes isso lhe parece muito pesado e por isso gostaria de livrar-se do jugo de sua impotência. Sofre, se aborrece e se desgosta por ter de submeter-se a essa lei que se opõe à sua altivez e à sua soberba.

Mas quão distintamente pensa e sente a alma humilde que busca a santidade! Isso mesmo que para o homem orgulhoso é tão pesado e aborrecido, para ela é o mais doce dos consolos, por ser uma prenda do divino Amor.

A alma que deveras quer e busca a santidade « já tem algo do que busca » – nos diz Santo Agostinho. Ela já possui a graça santificante, o mais precioso de todos os bens, graça que é a « prenda ou o germe » da felicidade eterna. Por ela, participamos da própria natureza divina (cf. 2Pd 1,3-5). Buscando com a santidade ao Deus da santidade e doador de todo o bem, a alma procurará aumentar este tesouro incessantemente.

A GRAÇA ATUAL – Mas para isto a alma necessita, a cada instante, de outra graça: que Deus esteja agindo nela. Pois « sem Ele a alma nada pode fazer ». Doce e preciosa necessidade que nos obriga, para podermos amá-la ainda mais! Para viver na região do sobrenatural é mister, além da « graça santificante » – que nos dá todo o mecanismo da vida sobrenatural – a graça « atual » que põe esse mecanismo em movimento. É luz que Deus comunica à alma, em cada caso, para iluminar suas trevas, impulso que ele imprime à vontade para movê-la até que se torne ação. Essa graça « atual » é uma participação do próprio poder de Deus para que possamos ir chegando à perfeita semelhança com Ele, de modo que a alma assim em graça possa dizer que começa a « deificar-se » na terra; e o santo chega à deificação ou semelhança acabada no céu, quando todos nós seremos semelhantes a Ele (cf. Jo 3,2).

E como Deus é todo amor - « Deus charitas est » - a santidade consiste em deixar que Deus aja em nós e nós fiquemos, ao fim, como que transformados n’Ele. Eis por que « a santidade é amor ». Porque todos seus atos, mesmo os mais insignificantes, implicam certo trato amoroso com Deus, uma especial relação de intimidade com Ele, já que unicamente Ele é quem pode dar valor e mérito ao que fazemos.

J. Pastor
“La Santidad es amor”

UM CONVITE ESPECIAL PARA TI


“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso de vossos fardos e eu lhes darei descanso”. (Mt 11, 28)

Com esse convite o Senhor claramente nos convida a irmos a Ele! Eu pergunto, quantos de nós temos nos cansado durante o nosso dia a dia, pelas circunstâncias, seja uma insatisfação pessoal no trabalho, sejam as coisas que acontecem que não saem da forma como desejamos, ou seja, até mesmo o jeito como nós tratamos a quem amamos que por muitas vezes nem é o modo como queremos tratar, mas pela falta de paciência, pelo cansaço físico, mental ou espiritual nos deixamos levar pelas nossas fraquezas e não fazemos o bem que desejamos.

Hoje Jesus nos convida porque conhece o nosso coração e sabe que só n’Ele teremos descanso, pois Ele mesmo justifica isso quando diz Tomai sobre vós o meu jugo e aprendeis de mim, porque sou manso e humilde de coração. Pois o meu jugo é suave e meu fardo é leve.

Jesus não nos convida até Ele para nos condenar, mas nos convida para tirar de nós tudo que não nos faz bem, inclusive nosso sentimento de culpa em relação aos nossos pecados e fraquezas. Ele anseia e deseja muito que O busquemos para nos dar o descanso necessário para uma boa caminhada.

Não importa se estás passando por esta crise, pensando que ninguém se importa, que ninguém se preocupa, o que eu quero dizer-te são Palavras do Mestre: Vinde a mim, todos vós que estais cansados de carregar as vossas pesadas cargas, e eu vos darei descanso. Neste texto Jesus demonstra o seu amor para contigo. Ele se importa contigo e por isso de chama. Faz-te um convite. E este é para os que têm problemas, para os cansados e os oprimidos; os que estão com cargas tão pesadas e tão grandes que não dão conta de carregar sozinhos; os que perderam a esperança até mesmo para esperar; os que estão feridos e com traumas profundos; os que não têm mais caminho, para caminhar; os que perderam o rumo da vida, para os que perderam a direção.

O convite é para ti que estás com o coração quebrado, arrebentado, porque há reabilitação, há cura; é para ti que desperdiçaste a tua vida no mal, pois ainda há possibilidade para fazer o bem; para ti que já não tens mais perspectiva na vida, expectativa de um novo começo; para ti que te sentes desesperado, desprezado; para ti que te sentes doente, perdido na vida; para ti que estás longe, e morto em delitos e pecados.

Talvez tu digas: Minha vida não tem jeito, porque o pau que nasce torto, cresce torto e morre torto”, Mas te digo, Tem sim! Porque o pau que nasce torto, só é torto antes de chegar nas mãos do carpinteiro de Nazaré. Depois de passar pelas Suas mãos saí um móvel precioso raríssimo de encontrar! Ele te oferece uma nova oportunidade. Jesus é o Deus do impossível, é o Deus capaz de fazer: do vilão, um herói; do bandido, um santo; do perseguidor, um defensor do evangelho.

Com as palavras vinde a Mim, Jesus nos chama a confiar n’Ele, a crer. Porque ninguém pode ir, e seguir, sem crer, sem confiar nele.

Ele te chama para que tu tomes sobre ti o jugo d’Ele: tomai sobre vós o meu jugo. Jesus não te engana. Ele não prometeu só mar de rosa, porque aqui o jugo quer dizer que tudo aquilo que Jesus passou tu terás de passar. Assim como Ele foi perseguido, sofreu, maltratado e até pela tua própria família, caluniado, zombado, odiado, abandonado entre ladrões e morto na Cruz mas que três dias depois ressuscitou assim também tu terás de passar pela mesma situação. Aliás ao discípulo basta ser igual ao mestre. Se a Mim trataram assim, a vós também. Mas não tenhais medo. Eu venci o mundo!Precisamos aprender d’Ele: e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.

Chama-nos ao discipulado d’ele, sermos seus alunos. Ele quer que eu e tu sejamos seu imitador. Ele passará a ser o teu modelo. Tu precisarás conhecer mais e mais o teu Senhor, as coisas d’Ele, até chegar ao pleno conhecimento. Mas isso só será possível se estiveres perto d’Ele.

Nos aproximemos de Jesus, do seu trono de graça e então experimentaremos as maravilhas que Ele pode fazer em nós e através de nós.

Padre Bantu

Amar é uma luta diária



Outro dia lendo um texto formativo no Site da Canção Nova achei interessante uma postagem que falava de amar num conceito não novo, mas que expressava um sentindo que não devemos perder no cotidiano de nossa caminhada: o de luta.

Trago na integra um dos trechos na qual quero desenvolver esse texto, para juntos meditarmos e assumirmos, como exercito em ordem de batalha, como cristãos que somos essa guerra que se levanta contra nós, onde os piores soldados(para nós) do inimigo de Deus se levantam e lutam com voracidade: o egoísmo, o individualismo, o ódio, a mentira, o pecado.


“ O filme "300" (Os 300 de Esparta) passa a imagem da liberdade que era exigida na Grécia antiga e como era importante a união e a garra, sendo que um exército de 300 homens precisaria batalhar contra um exército de dezenas de milhares de guerreiros. Ao assisti-lo, o que chamou minha atenção e me deixou intrigado foi a técnica empreendida nos combates. A determinação tática da guerra era claramente definida e cumprida com rigor. Numa guerra não se pode vacilar. O inimigo vem preparado para ganhar e só ganha quando mata. O "estilo" espartano de guerrear era o de defender a quem estivesse próximo. Atacar, defender-se e, principalmente, DEFENDER quem estivesse mais próximo. Eles formavam grupos como se fossem casulos de escudos, em forma circular, de modo a repelir toda a lança arremessada pelo inimigo. Nesta formação conjunta, coesa, circular e precisa, a defesa era perfeita. Quando o inimigo se aproximava o ataque era poderoso, e enquanto um soldado lutava – para defender sua própria vida – tinha todo o cuidado com a vida do companheiro, num raio de 360 graus. O mais importante era proteger a vida do companheiro, por conta dos ataques inesperados do inimigo, tanto nos flancos como nas retaguardas. Esse diferencial os tornava quase invencíveis e muito temidos pelo inimigo, pois estavam preparados e muito bem treinados na arte de guerrear individualmente – sendo ofensivos e defensivamente unidos. Isso dava ao rei a confiança de enfrentar milhares de guerreiros com apenas 300 soldados, pois a segurança de cada um estava nas mãos do outro”.
(Luis Antonio de Oliveira Paulo- CCN)

Se voltarmos nosso olhar para nós cristãos, para nós que, especificamente caminhamos no Discipulado, onde temos por objetivo, não ser somente um discípulo (soldado) de Cristo, mas formarmos mais e mais soldados para Ele, é perceptível que nosso caminhar se faz num campo de batalha, minado por todos os lados, pois o inimigo se arma de ataques sorrateiros, muitas vezes não perceptíveis aos nossos olhos desatentos e dessa forma, ficamos sujeitos a todas as formas de ataques – vindos de todos os lados para nos derrotar, pois essa é a vontade do Diabo, nos ver derrotados e arrastar muitos conosco.

Muitas vezes ele age por meios de calúnias, mentiras, fofocas, comentários negativos, infantilismos, envaidecimentos, “enfim, todos os "dardos" (flechas) inflamados que voam nos ares e nem sempre temos um escudo em nossas costas e em nosso flanco. Um escudo de oração. Um escudo de verdade, de transparência, de AMOR. Um escudo de prudência, de amizade. Escudo de irmão.”

Por isso que não podemos e nem é possível, dentro de um combate como esse, baixar nossas defesas. Não podemos nos isolar, cada um fazendo por si e Deus por todos ou com aquela expressão “salve-se quem puder”. Precisamos estar conscientes de que não só pessoas que se levantam contra nós, mas, e principalmente, milhões de espíritos do mal espalhados pelos ares, pronto para nos devorar vivos.Veja o que já nos alertava São Paulo, nosso Patrono: “A nossa luta, de fato não é contra homens de carne e osso , mas com os principados e as autoridades, com as dominações deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal, que habitam as regiões celestes”(Ef 6,12). Ele, na força do espírito Santo já nos mandava ficar atentos, pois Cristo já o fizera quando nos mandava orar e vigiar.

Dentro do visto, grandes lições já nos foram dadas e o resumo desse filme só veio reforçar que temos uma lição a aprender: Defender o irmão contra todos os ataques que chegam de todos os lados e crescermos no modo protegermos, amarmos e estarmos sempre em defesa do outro. O “outro” é aquele que é meu irmão, que esta crescendo, que esta dando passos, que ainda esta aprendendo a erguer suas defesas e que não pode ser desencorajado porque ainda não atingiu o nível que se esperava dele. Muitas vezes indefeso por não saber se defender sozinho e que precisa de uma comunidade que o ame, que o proteja e que o ajude a lutar mas sempre em favor de todos.

Precisamos aprender e assim, firmes e fortes, formando famílias, jovens, músicos, Ministros da Palavra, Intercessores que na DEFESA do outro aprende e ensina a ser discípulo de Jesus, Ele que é nosso General e esta sempre conosco nos ajudando a liderar esse planejamento estratégico para o qual Ele mesmo deu a Vida.

E como dizia o autor do texto citado acima, vivemos numa guerra constante. E o resgate, a vitória só será do tamanho que Deus espera de cada um de nós, se nossa estratégia “espartana” for a da DEFESA uns dos outros e o maior treinamento e que deve ser diário é: AMAR – AMAR – AMAR. NOSSO MAIOR ATAQUE E NOSSA MELHOR DEFESA.

Concluo com o que nos disse Jesus: O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe maior amor do que dar a vida pelos amigos. (Jo 15, 12-13)

Leila Lemos

É DE DEUS QUE AS BENÇÃOS VEEM


Em 2008 por ocasião do dia do Padre, o Papa Bento XVI em sua homenagem aos sacerdotes do mundo inteiro dizia que “ser padre é ser abençoado e verdadeiramente escolhido por Deus. Sem dúvida nenhuma, somente alguém que tem Deus ao seu lado é capaz de realizar tantos feitos como celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai pode fazer. Um pai espiritual dado pelo Senhor para nos guiar no caminho da salvação”

Com esse trecho do Santo Padre quero saudar a Dom José Antônio, Arcebispo de Fortaleza; a todos os Padres espalhados pelo mundo inteiro e de modo especial ao Acompanhante do Discipulado, Pe. Marcos Oliveira que tem sido para nós um amigo, um Pai Espiritual que vem procurando conduzir-nos na fé, na liberdade e na Paz de Cristo, sempre com o objetivo de sermos discípulos e de formar novos discípulos para Ele, o Sumo e verdadeiro Sacerdote que pelo Sacramento da Ordem concede aos sacerdotes agir “in persona Christi Capitis” (na pessoa de Cristo Cabeça).

Muitos motivos temos nós Pe. Marcos, de grandiosamente levantar nossas vozes para louvar e agradecer a Cristo Jesus por tê-lo eleito, ungido, consagrado e te enviado para fazer-se presença em nosso meio e com teu exemplo de vida, pela pregação, pelos sacramentos e demais meios que a mãe Igreja oferece (e que para nós é a família do DISCIPULADO DE JESUS CRISTO) ser esse sinal de Deus que traduz vida, doação, alegria e a grande certeza: És sacerdote de Cristo e tua missão é movida pela graça e força do Espírito Santo.

Queremos agradecê-lo por vosso sim e por ter nos permitido fazer parte desse grande milagre de amor que é a presença de Cristo Jesus na condução de teu sacerdócio e de tua missão como Discípulo.

Obrigada por ser Pai presente no DISCIPULADO que Deus constituiu como nossa família, rocha segura para a construção de nossas vidas.Rezamos para que sejas sempre digno da vocação que recebestes e teu testemunho seja força que encoraja tantas outras pessoas a experimentarem o que te faz feliz, o que te faz ser diferente: O Próprio Cristo Jesus, o Pão que te alimenta e te dar coragem.

És Sacerdote para sempre!
És benção de Deus para nós!

Leila Lemos

Dia do Padre


No mês de agosto se inicia o Mês Vocacional, proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde 1983. O tema escolhido para este ano é "Há esperança no caminho" e o lema "Ardia nosso coração quando ele nos falava pelo caminho". No primeiro domingo do mês, 02, a motivação é a festa de S. João Maria Vianey, vamos celebrar o Dia do Padre. Vocação esta que tem como grande missão levar a palavra e o amor de Deus a todos os povos. Para ser fiel a este chamado e vencer os obstáculos, é preciso contar com as bençãos de Deus.

No entanto, o Dia do Padre é celebrado oficialmente em 4 de agosto, data da festa de São João Maria Vianney, desde 1929, quando o Papa Pio XI o proclamou "homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico".

Padroeiro é o representante de uma categoria de pessoas, cuja vida e santidade comprovadas estimulam a uma vida de fé em comunhão com a vontade de Deus. Tendo em vista essa explicação, vamos entender por que a Igreja o escolheu como exemplo a ser seguido pelos sacerdotes, na condução de seus rebanhos.

Esse santo homem nasceu na França, no ano de 1786, e depois de passar por muitas dificuldades, por conta das poucas habilidades, foi ordenado sacerdote. Mas o bispo que o ordenou acreditou que o seu ministério não seria o do confessionário, entendendo que sua capacidade intelectual seria muito limitada para dar conselhos.
Então, ele foi enviado para a pequenina Ars, no interior da França, como auxiliar do padre Balley, o mesmo que vislumbrou, por santa inspiração, seu dom de vocação, e por confiar nele o preparou para o sacerdócio. E esse pároco, outra vez inspirado, acreditou que o dom dele [São João Maria Vianney] era justamente o do conselho e o colocou servindo no confessionário.

Assim, padre João Maria Vianney, homem justo, bom, extremado penitente e caridoso, converteu e uniu toda Ars. Amado e respeitado por todos os fiéis e pelo clero da Igreja, sua fama de conselheiro correu por todo o mundo cristão. Assim, ele se tornou um dos mais famosos confessores da história da Igreja. Conhecido também como “Cura d’Ars”, mais tarde, foi o pároco da cidade, onde morreu em 1858, sendo canonizado em 1925.

Sem dúvida, São João Maria Vianney é o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: "Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes". Ser padre é isso, exatamente a vida inteirinha do seu padroeiro.

Ele entende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um "pai" (padre) à semelhança de Cristo, que amou e deu a vida ao povo pobre, simples e marginalizado. Nunca hesita. Tudo aceita, confia e acredita em Deus e na sua Providência, e caminha seguro para missão que lhe é designada.

A vida simples e a simplicidade dos ensinamentos Jesus Cristo são o fundamento do seu ministério, único parâmetro e exemplo a seguir. A sua tarefa é continuar a missão de Jesus Cristo, o único e eterno Sacerdote. É o padre, que através do Evangelho, leva os homens a Deus, pela conversão da fé em Cristo. Por isso, são pessoas que nascem com esse dom e, logo cedo ou no momento oportuno, ouvem o chamado de Deus para se consagrarem a servir à comunidade, nos assuntos que se referem a Ele.

Ser padre é ser "pai" de uma comunidade inteira. Como tal, é o homem da Palavra de Deus, da Eucaristia, do perdão e da bênção, exemplo de humildade, penitência e tolerância; o pregador e conversor da fé cristã. Enfim, um comunicador e entusiasta da Igreja, que luta por uma vivência cristã mais perfeita. Dessa Igreja missionária, que não sobreviveria sem o sacerdote, como indicou o próprio Jesus Cristo, seu fundador pela Paixão por nós.

Sua missão é construir comunidades, entender a alma humana e perdoar os pecados, evangelizar, unir e alimentar a comunidade pela Eucaristia. Entendem, como diz Lucas 21, 15: "Eu vos darei eloqüência e sabedoria, às quais nenhum de vossos adversários poderá resistir nem contradizer" , e são verdadeiras testemunhas da fé, por sua oração, sacrifício e coragem cristã.

Dom Demétrio Valentino