Santo Inácio de Loyola – Tomai minha liberdade


Festa 31 de julho

Santo Inácio de Loyola foi o Fundador da Companhia de Jesus (Jesuítas) em 1534. A sua conversão aconteceu depois de deixar o exército espanhol por ter sido ferido num cerco militar em Pamplona. Durante o tempo de convalescência, lê sobre a Vida de Cristo e os seus Santos. Depois de uma peregrinação ao Santuário de Montserrat, a Jerusalém, seguido de um tempo de recolhimento em Manresa, em 1522, começa a escrever os Exercícios Espirituais. Escrito numa linguagem objetiva, os Exercícios trazem instruções minuciosas sobre como ingressar na vida contemplativa. O clímax dessa união é descrito numa das mais belas passagens do livro:

"Tomai, Senhor e recebei
toda a minha liberdade, minha memória,
meu entendimento e toda minha vontade
Tudo que tenho e possuo
Vós me destes com amor,e a Vós,
Senhor, vos devolvo com gratidão.
Tudo é vosso;
dispõe de tudo segundo vossa vontade
Dai-me somente o vosso amor e vossa graça,
que isto me basta sem que te peça outra coisa.
Dai-me vosso Amor e Graça,
que elas me bastam."


Santo Inácio, rogai por nós!

O Deus da providência


O Senhor age através da inteligência e da liberdade humana

Deus é Pai, Todo-poderoso. Deus é amor. É próprio do amor cuidar, guiar, conduzir, prevenir. Providência significa amor sábio e cuidadoso. Amor que protege, conserva, transforma a história do mundo e das pessoas. É Deus que se interessa pelos nossos interesses. Deus, rege o mundo. Não há destino cego, nem acaso, nem poder dos astros. Estamos no coração, nos braços e nas mãos de um Pai providente, santo, sábio.

O amor de Deus é um amor pelo mundo que Ele mesmo criou e quer sua continuação e construção. O Senhor tem projeto e intenções para com a história e o mundo. Ele dá o rumo, a direção, a meta para o mundo e como Pai cuida e sustenta suas criaturas e seus filhos. A Providência Divina é uma atividade permanente de Deus, um cuidado permanente. Ele cria e recria, dirige tudo à plenitude, não está longe de nós, nem é mero expectador dos acontecimentos. Ele se autolimita para poder adaptar-se ao nosso ritmo e assim permitir que as limitações das criaturas, a lei natural e a liberdade humana sigam seus caminhos. O Altíssimo segura a manutenção do mundo. Eis a fé cristã na Divina Providência.

Deus age através da inteligência e da liberdade humana. Ele não age sozinho. Quer a nossa colaboração, age e trabalha nas criaturas, numa admirável sinergia entre o Criador e a criatura. Os homens constroem a história com as intenções e a graça de Deus. Não há concorrência, há colaboração. Somos cocriadores do Criador. Deus confia no homem, quer sua participação, colaboração e ação. Quando a liberdade humana erra, sai do rumo, a Providência corrige a rota com a misericórdia e a inspiração do Espírito.

Sempre podemos ter esperança numa situação desesperadora. Do mal Deus pode tirar o bem. O amor providencial perdoa, corrige, refaz e recria o que foi desviado ou destruído. O Senhor não age sozinho, nem o homem é a única providência. Pelo contrário, o homem é portador da Providência Divina na sua capacidade, previsão e prevenção com o auxílio da graça.

Se não cremos na Providência caímos nas garras da fatalidade, do destino, do acaso, da sorte ou do azar, dos astros e dos espíritos. Deus não é uma energia cósmica universal sem rosto. Deus é alguém, um Tu, uma consciência, Deus é Pai que sofre com os sofrimentos de Seus filhos e carrega seus fardos.

A oração de súplica é uma atitude de fé na Providência Divina que tudo conduz para a participação de Sua glória. Todas as criaturas farão parte do novo céu e da nova terra. Que bom ter fé e saber que há sentido, há rumo, há futuro. Estamos livres do absurdo porque cremos no Absoluto. A fé na Providência Divina nos livra das preocupações, dos medos e inseguranças.

Tudo concorre para o nosso bem. Deus age em nossas vidas como amigo, companheiro, parceiro, torcedor e guia. Quem crê na Providência livra-se da magia, da astrologia, do destino cego. A mão do Senhor nos conduz e faz prodígios, portentos e maravilhas em nossas vidas. Na luz da Providência tudo tem sentido e meta. Nada é por acaso.

A melhor atitude diante da Providência Divina é a colaboração de nossa parte. Rezar como se tudo dependesse de Deus e trabalhar como se tudo dependesse de nós. Outra atitude sábia é a da confiança, do saber abandonar-se na bondade, sabedoria e onipotência de Deus. Fazer tudo para mudar o que é possível ser mudado e aceitar tudo o que não pode mais ser mudado, eis a espiritualidade do abandono, da confiança, da entrega de si nas mãos do Bom Pastor, o Deus da vida.

Dom Orlando Brandes

Quando começa uma amizade?


Amigo nunca é alguém que você escolhe

Talvez essa seja a grande pergunta que incomoda tanto aqueles que têm amigos quanto aqueles que querem vir a ter um. Os que os têm querem entender de que forma alguém ganhou tanto espaço em sua vida; os que não os têm, querem saber como um amigo pode surgir em sua vida.

Por experiência própria, posso afirmar que amigo nunca é alguém que você escolhe. Amizade é dom, vem de Deus e por isso mesmo, muitas vezes, se manifesta em nossas vidas de maneira surpreendente. Quando você vê, pronto: ganhou um amigo!

Todo o processo de amizade é um processo de separação, de sacralização. Uma mesa qualquer é uma mesa qualquer. Mas uma mesa separada para a celebração da Santa Missa, não é uma mesa qualquer, mas um altar. Ela foi separada para o sagrado. Da mesma forma, um amigo é alguém que era comum, apenas um irmão, mas foi separado para o que há de mais especial em nosso interior. Ele saiu do comum e foi colocado no santuário do nosso coração. Nele nós depositamos o que há de mais sagrado do nosso ser, sem medo de que seja usado contra nós ou que não seja dado o devido valor. Uma amizade é sagrada por trazer em si o que há de mais santo no coração de duas pessoas. Ela comporta o intocável, aquilo que não se consegue dizer, mas apenas viver e sentir.

É bonito perceber que quando alguém vai sendo formado por Deus, para ser seu amigo, as coisas que dizem respeito a essa pessoa ganham peso e têm importância na sua vida. O que ela vive é importante e não passa despercebido. As alegrias dela são as suas alegrias; as tristezas dela são as suas tristezas. Não há mais como viver impassível ao que ela vive. Você vive na sua alma aquilo que o outro vive na carne.

Amizade é um processo que pode ser construído com anos ou com minutos. O tempo não importa quando falamos de amigos. Amizade não conhece tempo, porque é dom, é graça de Deus. Ela vive em um período de graça que você não sabe quando começou nem quando vai acabar. Vive em um tempo que não tem tempo. Quando você percebe, aquele que até então era só mais um, traz agora uma visão sua que você mesmo não conseguia ver. Ele entrou, faz parte e não há como dividir, como separar. Como dizia Santo Agostinho: “Um amigo é metade da alma”.

Quando começa uma amizade? Quando eu paro de buscá-la por mim mesmo e deixo Deus me surpreender com o que Ele tem de melhor. Ele vem e não me deixa caminhar sozinho. Ele me dá um companheiro de viagem, alguém que possa olhar e entender tudo o que se passa comigo, sem que eu necessite lhe dizer uma só palavra. Como Amigo, Deus me dá um amigo.

Renan Félix
Com.Canção Nova

"Enraizados e alicerçados no amor"


Estamos entrando na semana que antecede o Graça e Paz e Deus que já É o senhor de tudo, deseja mais ainda ser presença, nos fazer cheios do Seu Espírito Santo e precisa de nossa cooperação!

Vejamos: o Graça e Paz é o momento que Deus acolhe todos os frutos produzidos por meio de nosso testemunho e, de sua graça já derramada no crescimento destes e também nosso. Porém, é também momento favorável para muitos corações que ainda não se abriram diante daquilo que o Senhor É, o faça!

É tempo oportuno para darmos o nosso melhor no acolhimento, no rezar, no tocar, no pregar e em tudo o que o Senhor já nos deu como dádiva para honra do seu nome, bem de nossas almas e em favor dos irmãos.

É Deus mesmo que nos une para se derramar no meio de nós e fazer que vivamos a experiência acontecida no dia de Pentecostes. "Estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam e todos ficaram cheios do Espírito Santo”. (At 2,2-4)

Qual fez com Jesus, a Pedra Angular, viva e rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos seus olhos, Deus também nos escolhe para entrarmos como pedras vivas na construção do templo espiritual, formando um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais que Ele aceita por meio de Jesus( 1 Pd 2, 4-5) e assim atingir crianças, jovens, adultos e casais que vão em busca da sua bênção no Graça e Paz.

Por tão firme razão e de tão grande responsabilidade, não podemos baixar a guarda! O diabo, o inimigo de Deus nos rodeia como um leão que ruge procurando a quem devorar (1Pd 5, 7-8). E, se utiliza muitas vezes, principalmente as vésperas de um evento grandioso como o nosso, em forma de desânimo, intrigas, fofocas, desejo de fazer as coisas de qualquer jeito, complicações no som, pondo obstáculos em viagens e em coisas que muitas vezes não percebemos, só para ter o gosto de nos ver desperdiçar a graça de Deus e nos sentirmos derrotados. Por isso, que o apóstolo Pedro cheio da sabedoria provinda do Espírito Santo nos exorta “Sejam sóbrios e fiquem de prontidão!"

Fiquemos unidos! Deus nos fez uma só família, embora em lugares diferentes, pela força do seu Espírito Santo para sermos portadores da Graça e da paz de seu Filho Jesus e nos comportarmos de modo digno da vocação que recebemos.

Desta forma finalizo com a grande súplica de nosso patrono São Paulo Apóstolo a Deus, em favor dos irmãos:

“É por isso que eu dobro os joelhos diante do pai, de quem recebe o nome toda família, no céu e na terra. Que ele se digne, segundo a riqueza da sua glória, fortalecer a todos vocês, no seu Espírito, para que o homem interior da cada um se fortifique. Que Ele faça Cristo habitar no coração de vocês pela fé. Enraizados e alicerçados no amor, vocês se tornarão capazes de compreender, com todos os cristãos, qual é a largura e o comprimento, a altura e a profundidade, de conhecer o amor de Cristo, que supera qualquer conhecimento, para que vocês fiquem repletos de toda a plenitude de Deus”.(Ef 3,14-19)

Graça e Paz!
Leila Lemos

O medo do nosso desconhecido


No mundo das relações humanas, a base fundamental é conhecer-se e, conhecendo, estabelecer relacionamentos verdadeiros. Muitas vezes, prevalece o medo de entrar em nosso interior e tomar posse do que realmente somos e cremos, sem criar máscaras de proteção, que escondem nossa verdadeira imagem. A busca de conhecimento do outro, passa necessariamente pelo conhecimento de nós mesmos. O desconhecido em nós, faz com que não tenhamos a força suficiente para ir ao encontro do outro, como somos. Tomar posse do meu eu, para possuir o eu do outro.

Anselm Grün, monge escritor alemão afirma: “Quanto mais o medo me leva a evitar um olhar para o meu interior, mais forte torna-se o medo do desconhecido em mim. Jesus fala desse medo do desconhecido quando dirige suas palavras aos doze que escolhera: “Não tenhais medo deles, porque não há nada encoberto que não venha a ser revelado, nem escondido que não venha a ser conhecido.

Dizei à luz do dia o que vos digo na escuridão e proclamai de cima dos telhados o que vos digo ao pé do ouvido””(MT 10,26). Certamente, Jesus estava falando aos seus colaboradores em circunstências bem diferentes à nossa, porém, penso que essas palavras podem ser referidas ao medo que existe em nós.

A capacidade de parar e encarar o positivo e o negativo que existe em nós, muitas vezes é abafada pelo medo de nos surpreender com uma explosão do que realmente somos. O medo é fruto de uma atitude muito pessimista em relação a nós mesmos. Na medida em que revelamos, a nós, o nosso interior e assumimos a realidade pessoal do jeito que ela é, passamos a viver uma liberdade jamais vivida.

Não temos nada a esconder e muito menos a guardar sob sete chaves. A transparência é o espelho da alma que acredita ser o que ela é para conhecer e amar o outro como ele é. Vivemos tão pouco, porque não estabelecer relacionamentos sinceros e verdadeiros sem medo de nós e do outro? Na medida que amo em mim, a riqueza e a pobreza com que Deus me fez, serei capaz de amar a riqueza e a pobreza do outro.

“Para Deus nada fica no escuro. Já o Salmo 139, assim se expressa: “ Se eu disser: As trevas, ao menos, vão me envolver e a luz, à minha volta, se fará noite, nem sequer as trevas são bastante escuras para ti, e a noite é tão clara como o dia, tanto faz a luz como as trevas. Pois tu plasmaste meus rins, tu me tecestes no seio de minha mãe. Graças te dou pela maneira espantosa como fui feito tão maravilhosamente”(Sl 139,11-14). A escuridão não é o lugar do afastamento de Deus, mas de sua especial proximidade. Lá ele fala ao meu coração e ilumina tudo em mim com a luz de seu amor. Ele sabe o que existe dentro de mim. Ele o desvenda para mim. Por isso não preciso mais encobri-lo de mim nem dos outros. Tudo o que há em mim é perpassado pela luz de Jesus. O próprio Jesus desceu para esta escuridão a fim de iluminá-la com sua luz”.(Anselm Gün).

No caminho da realização pessoal, o passo fundamental para ser feliz está no abandono do medo de nós mesmos, para mergulhar no nosso interior conhecendo o mais profundo de nossos sentimentos e emoções, iluminados pela luz de Jesus. Assim seremos capazes de mergulhar no conhecimento dos outros e estabelecer relacionamentos verdadeiros, sem preconceitos ou julgamentos indevidos. Nossa convivência em casa, no trabalho, no lazer, na comunidade será agradavelmente prazerosa, quando amarmos o que conhecemos em nós, para poder amar o que conhecemos no outro.

Dom Anuar Batisti
Arcebispo Metropolitano de Maringa-PR

A Igreja celebra o dia de Nossa Senhora do Carmo



Carmelo (em hebraico, "carmo" significa vinha; e "elo" significa senhor; portanto, "Vinha do Senhor.O Monte Carmelo fica ao norte de Israel, situado na região da antiga Palestina, próximo a atual cidade de Haifa. Neste cenário bíblico, no século IX antes de Cristo, viveu numa gruta o solitário profeta Elias, em espírito de penitência. Defensor da fé de um só Deus verdadeiro, ele profetizou a futura existência da mulher pura, a Virgem Maria, Mãe de Deus.

Desde então, o Carmelo se tornou local de retiro espiritual de muitos eremitas, que buscavam viver o modelo de perfeição monástica alcançada pelo profeta. No final do primeiro século depois de Cristo, chegaram pioneiros eremitas cristãos, que ao lado da fonte de Elias construíram uma capela em honra à Virgem Maria. Em 1209, o superior da comunidade, Santo Brocardo recebeu a Regra de Santo Alberto, constituindo a Ordem da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, reconhecida pela Santa Sé, em 1226.

A partir de 1237 os carmelitas foram quase expulsos do Monte Carmelo, pois a Palestina vivia sob pressão cada vez maior dos muçulmanos, que acabaram por invadi-la. Eles se estabeleceram em Chipre e Sicília, na Inglaterra e França. Viviam pobres como os franciscanos e dominicanos, da Ordem dos Mendicantes, a qual não quiseram aderir. Surgiram então as rivalidades e a Ordem do Carmo começou a sofrer perseguições externas, as quais provocaram a desunião interna. A solução foi enviar à Roma dois representantes carmelitas para conseguir o apoio do Papa. Eles apresentaram a antiga Regra de Santo Alberto adaptada aos novos tempos da Igreja, mantendo o carisma original e obtiveram sua aprovação.

A Ordem do Carmo atravessou essa fase difícil até meados de 1251, quando tudo se estabilizou.

Origem do Escapulário

Nessa época, na Inglaterra, no Carmelo de Cambridge residia o Superior Geral, o já idoso Simão Stock, hoje Santo venerado na Igreja. Ele rezava com ardor à Santa Mãe, rogando com confiança por seu auxílio, para a Ordem criada em sua honra. No dia 16 de julho de 1251, teve uma visão da Virgem Maria sentada numa nuvem cercada de anjos, confirmando sua proteção celeste.

Como símbolo de sua união aos carmelitas, entregou à Stock o Escapulário do Carmo, e disse-lhe: "Recebe, meu filho, este escapulário da tua ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno".

A história dos carmelitas está repleta da presença da Virgem Maria. Devoção que espalharam ainda mais pelo mundo, graças a instituição do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, cujo símbolo de fé se difundiu por toda a cristandade.

Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo" - e ainda - "escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte".

Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do Escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.

QUE TAMBÉM NÓS SUBAMOS, PELA A INTERCESSÃO DA VIRGEM MARIA, AO MONTE SANTO:JESUS CRISTO!

BEM COMO SER A GERAÇÃO QUE PROCLAMA MARIA A BEM-AVENTURADA E PROCLAMA A GRANDEZA DO SENHOR!!

Graça e Paz, a festa da fraternidade!


"Deus derramou sobre nós essa graça, abrindo-nos para toda sabedoria e inteligência!"

Estamos nos preparando para a festa da Fraternidade, o Graça e Paz!

E, Cascavel espera ansioso e de coração aberto pelo encontro de todos os irmãos do DJC e seus convidados que virão de Palmácia, Fortaleza, Vila Manoel Sátiro e Pacoti.

Para isso, estamos organizando uma caravana que sairá às 13 horas do dia 25(sábado) da Casa do DJC-Cascavel rumo a Mucunã, onde acontecerá o GRAÇA e PAZ. O retorno será às 22h.Desta forma os membros e convidados do DJc deverão chegar bem antes, pois o ônibus sairá no horário marcado!

Já podemos garantir que as bênçãos derramadas neste encontro serão abundantes, assim como a alegria de estarmos reunidos celebrando ao Senhor num só coração e numa só alma.

Enquanto chega esse grande momento mantenhamo-nos em oração, intercedendo com todas as forças para que tudo seja feito conforme a vontade de Deus e a nossa programação.

Deus realizará prodígios, mas esta contando com a nossa parte para que sejam grandes os seus milagres e sinais.

São João da Cruz - Amar a Deus com todo o coração



Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, e com todas as tuas forças» Mc 12,28-34

“A força da alma reside nas suas potências, impulsos e faculdades. Se a vontade os volta para Deus e os mantém longe de tudo o que não é Deus, a alma reserva para Ele toda a sua força; ama com todas as suas forças, como o próprio Deus lhe manda. Buscar a si mesmo em Deus é buscar as doçuras e consolações de Deus, e isto é contrário ao puro amor de Deus. É um grande mal ter em vista os bens de Deus e não a Deus mesmo, a oração e o desprendimento.

Há muitos que procuram em Deus as suas próprias consolações e gostos, e desejam que Sua Majestade os encha dos seus favores e dons, mas o número dos que se esforçam por agradar-lhe e oferecer-lhe algo de si mesmos, rejeitando qualquer interesse próprio, é muito pequeno. São poucos os homens espirituais, mesmo entre os que temos por muito avançados na virtude, que conseguem uma perfeita determinação de fazer o bem. Não chegam nunca a renunciar por completo a si mesmos em algum aspecto do espírito do mundo ou da natureza, nem a desprezar aquilo que se pensará ou dirá deles, quando se trata de cumprir, por amor a Jesus Cristo, as obras da perfeição e do desprendimento.

Aqueles que amam só a Deus não caminham nas trevas, por muito pobres e privados de luz que possam ver-se aos próprios olhos. A alma que, no meio das securas e abandonos, conserva sempre a sua atenção e solicitude em servir a Deus poderá sofrer, poderá temer não conseguir, mas, na realidade, oferecerá a Deus um sacrifício de agradável odor (Gn 8, 21)”.

São João da Cruz, Doutor da Igreja
«Avisos e Máximas»

A arte da oração



Quem não reza está numa situação muito desconfortável

Rezar é um ato natural, um capítulo da antropologia, exatamente porque o ser humano tem uma abertura congênita para o transcendente, o divino. Rezar é também um ato de justiça para com nossa alma, pois a oração é expressão do espírito, da alma, do coração. É também um ato de justiça em relação a Deus. “Nele somos, vivemos e existimos” (Atos dos Apóstolos 17, 28).

A oração é antes de tudo terapêutica porque pacifica, unifica, ordena a vida, os pensamentos e os afetos. “Os efeitos da oração em nossa pessoa são mais visíveis que os das glândulas de secreção interna”, diz o prêmio Nobel de Medicina (1922), Dr. Alexis Carrel, ateu convertido.

A arte da oração consiste em que o orante se comunica com Deus, com os outros e com ele mesmo e assim faz grandes descobertas, encontra soluções, recebe iluminações e muita força interior. K Jung e V. Frankl são psicólogos que exaltam a importância e a eficácia da oração, sem a qual, as pessoas não se curam de suas neuroses. Eles sabem muito bem que a pessoa orante entra no nível alfa, frequência profunda do cérebro humano.

Quem não reza está numa situação muito desconfortável e até incômoda, porque irá buscar alívio e sedativo no álcool, nas farras, nas drogas e sempre permanecerá vítima do vazio existencial e da solidão. Sempre justificará seus erros e fugas, tendo necessidade espontânea de ridicularizar quem reza, como se a oração fosse o “catecismo dos fracos e perdedores”. De fato, só os humildes e autênticos rezam.

É preciso orar com fé. Acreditar no poder da oração. Rezar é estar com Deus e com os outros. Normalmente a oração verdadeira e profunda leva à compaixão, ao perdão, à solidariedade. O amor é fruto da oração. Rezar é um ato de amor e o amor é consequência da oração. Os santos e os místicos são sempre pessoas de paz, de fraternidade e de ação em favor dos pobres e pecadores. A oração é amor de amizade com Deus que nos leva ao amor-serviço para com os outros.

A oração é uma “alavanca que move o mundo” (Santa Terezinha). De fato, quantas pessoas são vitoriosas frente a doenças, mágoas, decepções, injúrias. A oração as salvou. Quem reza se salva.

A oração é uma ponte. A pessoa orante é fabricadora de pontes, é pontífice. Abatem-se os muros e constroem-se pontes com a sabedoria da prece. Essa ponte vai da terra ao céu e do coração do orante aos irmãos. A escalada da oração é exigente, requer perseverança. É um combate.

A oração é muralha, é escudo, é proteção, é abrigo, é segurança. Quem reza está imunizado contra muitos males. A oração nos protege das tentações. Sem ela caímos na murmuração e abraçamos a tentação.

A oração é escola . O Mestre interior é o Espírito Santo. Na escola da oração aprendemos a prática do bem, a beleza do perdão, a alegria da convivência, a esperança nas decepções. A oração nos faz discípulos, iluminados, sábios, humanos e verdadeiros. Moisés tinha o rosto iluminado após a oração. Irradiava o fulgor de Deus.

A oração enche o orante de audácia e coragem, de força e tenacidade, de luz e compaixão. Jesus não somente reza, mas, ensina a rezar, principalmente a perseverança na oração. Os primeiros cristãos eram “assíduos na oração” (cf. Atos dos Apóstolos 2, 42). De fato, a oração é inspiração de cada momento, recolhimento do coração, recordação das maravilhas de Deus, é força para a luta cotidiana. Eis a arte da oração.

A oração é uma rendição diante de nossa insuficiência e da paternidade de Deus. A oração é a fala entre filhos(as) e Pai. Portanto, oração é questão de amizade, é encontro de duas consciências, duas intimidades, duas existências. Na oração acontece uma troca de olhares, de confidências, de interioridades. Rezar é um ato de amor, um ato afetivo que inflama o orante de amor a Deus e ao próximo.

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina - PR

Fonte:Canção Nova