MARIA, ESPOSA DO ESPÍRITO SANTO!




“O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus.”(Lc 1, 35)

A palavra de Deus traz momentos marcantes de Maria como a Esposa do Espírito Santo. Na anunciação Maria recebe do alto o Espírito Santo que fecunda, que gera Jesus em seu ventre. Nisto, torna-se revelado que, acima de todos os santos e anjos, o Divino esposo amou a Maria. Desde o princípio amou-a, exaltando-a em santidade sobre todas as criaturas preservando-a desde o momento de sua conceição. È tanto quer o anjo ao saudá-la, logo a chamou cheia de graça, mesmo antes de ser a Mãe de Deus: “Alegre-se cheia de graça! O Senhor está com você!” (Lc 1, 28).

A ela foi dada a graça em plenitude, como afirma São Tomás: “a graça santificou não só a alma, como também a carne de Maria, a fim de que com ela revestisse depois o Verbo Eterno”. Como vemos Maria desde sua conceição foi cumulada com as riquezas da graça do Espírito Santo.

Portadora de profunda dignidade, percebemos que mesmo tendo sido agraciada como templo do Senhor, sacrário do Espírito Santo, não deteve a graça para si, mas apressadamente vai ao encontro de sua parenta Isabel, que grávida do sexto mês, como anunciara o anjo, precisaria de cuidados redobrados, por causa de sua velhice. E ao ouvir a saudação de Maria, a criança se agitou em seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo (Lc 1,41).

Reconhe-se ai a inefável riqueza das graças conferidas a Maria, pois não só sua visita trouxe um novo avivamento a sua parenta, como João- o profeta do Senhor- que aplainaria os caminhos de seu Filho, recebe a Efusão do Espírito Santo, revestindo-o de toda graça ainda no ventre de sua mãe, como curando todo e qualquer trauma que pudesse existir pela concepção tardia de sua mãe, da vergonha de ser estéril, sendo santificado. A Cheia de graça trouxe àquela casa um cúmulo de graças.

Outro grande momento se dá no Cenáculo em Jerusalém. Maria não só se une aos discípulos, como intercede pelo derramamento da graça no coração de seus filhos. Maria sabia que diante da missão de cada um só o Espírito santo concederia a força, a sabedoria para testemunhar Jesus, continuando sua missão. È tanto que na experiência do Cenáculo Jesus arrancou o medo dos discípulos e por meio deles, por seus testemunhos, muitos conheceram o Filho de Maria, experimentaram sua redenção. ”Os que acolheram a palavra de Pedro receberam o Batismo. Nesse dia uniram-se a eles cerca de três mil pessoas.”

Os discípulos estavam ao redor de Maria que rogava por eles. A presença da mãe configurava a certeza da graça, a manifestação plena do Filho e do Pai. Eles confiavam em sua poderosa intercessão e não foram desamparados. Era a esposa, a mãe que suplicava por eles, que conhecia a necessidade de seus filhos.

Nosso DISCIPULADO é consagrado à portadora das graças, ao coração da amável Mãe. Precisamos como os apóstolos ficar ao redor de Maria, que nunca deixou de alcançar a seus servos o que lhes roga; pois achou e sempre acha a graça divina. È por meio da poderosa intercessão de Maria que muitas graças serão derramadas em nosso meio, em nossos corações o que nos dará forças para evangelizarmos com parresia, com unção. Nossas vidas serão avivadas e se multiplicarão os seus servos, pois é a Mãe que sempre passa a frente para interceder por seus filhos, ajudando-os a realizarem o que lhes parece impossível.

Vinde ó Espírito santo por meio da poderosa intercessão de Maria, cumula-nos com tuas bênçãos e enche-nos com as tuas graças!

É tempo de celebrarmos a vida



Páscoa é tempo de passagem, é tempo de vida nova, é tempo de ressurreição!

Depois de termos celebrado no último sábado com a Extensão do Riacho Fundo e feito no domingo, as visitas de evangelização na Extensão da Bica, estaremos reunidos neste sábado, dia 25 de abril para celebrarmos a Páscoa com todos os servidores locais. Em data tão preciosa também comemoraremos os aniversários natalícios de Geni(19/04) e Edilma(22/04).

É a vida em plenitude que celebramos!

Sábado Santo



A descida do Senhor à mansão dos mortos

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: "O meu Senhor está no meio de nós". E Cristo respondeu a Adão: "E com teu espírito". E tomando-o pela mão, disse: "Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará".

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti por aqueles que nascerem de ti, agora digo, que com todo o meu poder, ordeno aos que estava na prisão: 'Sai!'; e aos que jaziam na trevas. 'Vinde para a luz!'; E aos entorpecidos: 'Levantai-vos!'

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu Filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci a terra e foi até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixastes o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus, e num jardim crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.

Vê minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à arvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendes suas mãos para a árvore do paraíso.

Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.

Levante-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso, mas no trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constitui anjos que, como servos, te guardassem, ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins prontos e a postos os mensageiros, construídos o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos, adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o Reino dos Céus preparado para ti desde toda a eternidade".

De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo (Retirado da Liturgia da Horas)

Fonte: Canção Nova